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Hoje eu estou assim...de mal.

Detesto ter crescido, não suporto envelhecer. Quero a irresponsabilidade da eternidade. Quero a adolescência, quero o ímpeto e o frescor.

Não quero ser adulta, nem madura, nem exemplo. Não quero bagagem, quero tudo novo.

Ariana que sou, quero o limite! Mas não posso mentir ao tempo, entregar-me à ira do julgo.

Quero prazeres desmedidos, ambíguos, moralmente questionáveis. Quero a permeabilidade e mudar de idéia.

O costume me assusta e o hábito me embolora o estômago.

Por quê? Se houvesse rugas na mente, seria mais fácil. Não quero ser a Senhora ou a Dona, quero que apontem aquela menina que anda na rua: ao largo e sempre.
Quero as noites sem horário, os beijos que prescindem dos nomes. Quero amanhecer ao sereno e ver a luz ofuscar meus olhos não dormidos...tenho fome da madrugada!

Quero seios firmes e costas lisas.

Quero o perdão diário dos meus pecados pela eterna desculpa da juventude.

Quero errar sem medo por ter tempo para rever tudo.

Quero a ignorância dos que ainda não experimentaram e a fragilidade de uma alma em permanente construção.

 

(30/06/2010)